Em março deste ano, um novo vírus alterou o funcionamento normal da sociedade. A Universidade Católica Portuguesa (UCP), tal como inúmeras outras instituições, teve de se adaptar a uma nova realidade, transformando as aulas presenciais em aulas virtuais e o trabalho em teletrabalho.
Para os estudantes e docentes, isto significou menos proximidade física e menos convívio social, mas o mesmo empenho e dedicação, ainda que à distância. Graças à iniciativa 4.0 – o plano de modernização e transformação digital da UCP – a transferência para a lecionação online iniciou-se 24 horas após a suspensão das aulas presenciais. Desde 16 de março, as aulas online começaram a funcionar em pleno, tirando partido do investimento tecnológico da UCP.
Mas não é apenas de tecnologia que se faz o sucesso. As pessoas têm um papel essencial no bom funcionamento dos novos modelos de lecionação e trabalho na Católica. Os alunos, docentes e colaboradores uniram-se numa missão de perseverança, com vários desafios, mas sempre com esperança.
Para a professora Anna Moura, docente na Católica em Viseu, embora este seja um momento de incerteza e medo, a vida pede-nos outro olhar. “De uma forma quase natural houve uma sincronia muito grande entre a direção, a coordenação, colaboradores, docentes e alunos para que tudo começasse a funcionar muito rapidamente”, diz a docente num vídeo partilhado nas redes sociais da UCP, que faz parte da iniciativa #CatólicaAtHome. Apesar de o trabalho ser feito de forma diferente, a docente sente-se conectada aos seus alunos “dando continuidade com excelência ao nosso semestre letivo”. Além disso, destaca várias palavras que passaram a fazer parte do quotidiano: amor, união, resiliência e solidariedade. “Sairemos mais fortalecidos como profissionais e como pessoas”, garante.
Enrico, estudante italiano da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa em Viseu, destaca no seu testemunho a ação positiva da UCP no planeamento das aulas virtuais e na informação disponibilizada sobre a situação pandémica.
Para Catarina, estudante de enfermagem no Instituto de Ciências da Saúde em Lisboa, aquilo que mais a ajudou foi fazer uma lista diária de objetivos para continuar focada. “As aulas em e-learning têm ajudado imenso”, conta. Além de sentir que consegue completar o que tinha planeado para o seu ano letivo, devido à transição para a lecionação online, Catarina destaca que é bom ter sempre algo para fazer mesmo estando em casa.
Para Sebastião, aluno de Doutoramento em Ciências da Cognição e da Linguagem no Instituto de Ciências da Saúde em Lisboa, as aulas à distância têm sido um desafio e admite preferir as aulas presenciais. Apesar das suas dificuldades, tem conseguido adaptar-se e diz que as aulas de doutoramento têm sido importantes para aprofundar capacidades práticas no que toca à investigação.
Já Cátia, estudante do Mestrado em Enfermagem da UCP em Lisboa, teve uma adaptação muito diferente dos restantes alunos. Além de mestranda na Católica, Cátia é enfermeira no Hospital Santa Maria, onde exerce funções numa unidade de cuidados intensivos – a primeira a ser transformada numa unidade estratégica de intervenção à COVID-19. Refere que “ninguém estava habituado a trabalhar nestas situações”, mas que “adaptámos os recursos humanos e os recursos físicos a esta nova realidade e nunca senti a equipa tão unida”.
A adaptação às aulas online foram também especialmente exigentes para os alunos de Erasmus. Acabados de chegar a Portugal para viver uma aventura, viram a sua experiência fugir de qualquer plano. Eva chegou a Portugal em fevereiro e foi recebida calorosamente na Católica do Porto. Apesar de estar a gostar das atividades de integração académicas, o novo coronavírus apanhou todos desprevenidos. Após ficar algumas semanas no Porto, Eva decidiu viajar para casa, na Alemanha, a 4 de abril. É a partir da Alemanha que mantém o contacto com os colegas e amigos, e também continua a ter aulas virtuais na universidade que chama” um lugar com mente aberta”, onde foi possível “conhecer novas pessoas, culturas e estilos de vida”.
Também Mayra, estudante de Erasmus da Croácia, diz que o tempo que passou na Católica não foi suficiente, mas que “estar lá durante dois meses foi realmente bonito”. Destaca as pessoas, o bom tempo e as amizades que fez no Porto e está feliz por ter continuado as aulas, ainda que online, pois assim permanece ligada à cidade que a apaixonou apesar de não estar lá fisicamente.
Com os seus desafios e dificuldades, o novo modelo de lecionação trouxe também a oportunidade de continuarmos ligados, de experimentar novos métodos de ensino e de estudo, e de continuar a superar barreiras. Por vivermos tempos extraordinários, a UCP reforçou o apoio a estudantes da instituição afetados pela crise económica resultante da COVID-19, através do Fundo Solidariedade COVID. Além disso, lançou a iniciativa “Psicologia em Isolamento” para promover o bem-estar psicológico da comunidade académica durante este período. Mesmo à distância, a UCP continua a inovar na educação e mantém-se fiel ao seu trabalho na produção de ciência de vanguarda pelo bem comum.
Para recordar ou conhecer mais testemunhos dos estudantes e docentes da UCP, acompanhe a campanha #CatólicaAtHome, nas nossas redes sociais.