A pandemia relançou o debate sobre os apoios à Cultura e evidenciou, uma vez mais, a dependência desta área face aos subsídios, expondo a fragilidade do setor. É urgente debater novas estratégias.” Há um tom de cansaço nas palavras de Ana Miranda. Aquele cansaço de quem já passou muito tempo a bater na mesma tecla. No átrio da Culturgest, vai fazendo um mea culpa, não pessoal mas antes do posicionamento de toda uma classe, que prefere falar em “apoios” e “patrocínios” a “investimento”.
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Como em quase tudo, a História e a Economia explicam grande parte das diferenças. “Na tradição americana, o apoio à cultura não é considerado uma função do Estado”, começa por notar Isabel Capeloa Gil. A reitora da Universidade Católica e especialista em Estudos de Cultura explica que “tem a ver com um sentido de reconhecimento individual e de retorno daquilo que é o valor gerado pelas empresas e pelas pessoas para a sociedade, que é muito forte nos EUA”.
Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa da Revista Exame de 1 de agosto de 2022.