A Universidade Católica Portuguesa (UCP) homenageou D. Manuel Clemente, Patriarca Emérito e Magno Chanceler da universidade durante 10 anos, numa cerimónia realizada no dia 23 de janeiro, em Lisboa, um dia após ter celebrado o 25.º aniversário da sua ordenação episcopal.
O antigo Magno Chanceler, que foi também docente e estudante da UCP, começou por destacar a ligação de 50 anos que tem com a universidade, recordando que “a minha vocação académica acabou por ficar ligada à minha vocação pastoral que se sobrepôs a tudo mais”.
Para o atual patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, D. Manuel Clemente tem um “sentido profundo eclesial” e é “um construtor de pontes que promove a abertura da Fé com a Cultura, da Igreja com a sociedade”. Concluiu afirmando que “D. Manuel Clemente continua a olhar para as coisas, para os factos, para as pessoas e acontecimentos com o olhar de Cristo”.
Já a Reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, agradeceu “a liderança próxima, a defesa inabalável e a confiança que D. Manuel Clemente colocou na nossa instituição”.
“Nestes 10 anos na Católica o seu propósito temporal fez história. A longa expectativa que a universidade foi, é agora plataforma de Esperança para o futuro. E deste futuro faz parte o legado do Patriarca Emérito com a sua visão universalista e na verdade intemporal, do diálogo infinito entre saberes, pessoas e geografias”, afirmou a Reitora.
A encerrar o evento esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que descreveu D. Manuel Clemente como um “dos maiores pensadores católicos sobre Portugal contemporâneo” e um “pensador acerca de Portugal, da portugalidade, acerca da nossa identidade, acerca das nossas vicissitudes e de permeio historiador da Igreja em Portugal”.
A sessão de homenagem contou também com as intervenções de José Manuel Pereira de Almeida, Vice-Reitor da UCP, de José Lobo Moutinho, Diretor da Faculdade de Direito, de Teresa Andresen, Arquiteta Paisagista e de João Clemente, Diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa e com o descerrar do retrato de D. Manuel Clemente, da autoria do Mestre António Macedo.