
A Católica homenageou D. António Ribeiro, antigo Patriarca de Lisboa e primeiro Magno Chanceler da universidade, entre 1971 e 1998, numa cerimónia na sede, em Lisboa, que contou com várias personalidades próximas do Cardeal.
Destacando a sua “visão clarividente”, a Reitora definiu D. António Ribeiro como uma “figura determinante” para a missão e para a vida da Igreja em Portugal e para a Universidade Católica Portuguesa (UCP), “com um comprometimento claro com o desenvolvimento societal”.
“Marcou de forma indelével a história da nossa instituição. A sua ação discreta e firme deixou-nos um legado duradouro que continuou a inspirar a missão académica, cultural e espiritual da UCP”, reiterou Isabel Capeloa Gil, no discurso inicial, agradecendo ainda a criação da Fundação D. António Ribeiro e o apoio à Faculdade de Teologia.
“Ao pé dele, sentíamo-nos únicos”, partilhou o Cónego Álvaro Bizarro, ao recordar vários episódios e conversas tidas com D. António Ribeiro, durante a sua participação na mesa-redonda moderada pelo Vice-reitor José Manuel Pereira de Almeida, que juntou antigos colaboradores e amigos.
Já o Cónego Francisco Tito Espinheira abordou alguns traços da sua personalidade e do seu programa pastoral. “Com a sua serena lucidez, firmeza de carácter e palavra esclarecida e esclarecedora, foi o grande artesão do lugar da Igreja na sociedade democrática”, lembrou, aludindo aos tempos do pré e pós-25 de Abril. “Ao pé dele, nunca ninguém se sentiu pequeno”, assegurou.
“Foi um homem que me marcou pela sua aparente austeridade e distância, mas, ao mesmo tempo, pelo seu sentido de afeto, de justiça, que fez dele o interlocutor e condutor da Igreja em tempos tão conturbados”, descreveu por sua vez o Padre Peter Stilwell. “A sua memória é uma bênção para nós”, resumiu.
Quanto a Maria Luísa Falcão, colaboradora do Patriarcado, enalteceu a “sua figura de pai e de pastor”, elogiando a sua atitude de total auxílio ao grupo de católicos que, em 1975, protagonizou uma manifestação silenciosa em frente ao Patriarcado, de apoio à igreja diocesana e ao patriarca.
O encerramento da homenagem coube a D. Rui Valério, atual Magno Chanceler da Universidade Católica e Patriarca de Lisboa, para quem D. António Ribeiro foi “farol de esperança para a Igreja e para a sociedade portuguesa”.